Total de visualizações de página

Translate

Livro Escritores da Periferia

Livro Escritores da Periferia
Uma produção dos alunos da escola Edílson Façanha

quinta-feira, 29 de maio de 2014

ENCONTRO PEDAGÓGICO

Prezados professores,

Dia 31 (sábado) de maio de 2014, realizaremos nosso primeiro encontro horizontal do ano, após o encerramento do 1º bimestre, no horário de 8h-12h. Sua presença participação é de suma importância, visando refletir sobre o rendimento escolar de nossos alunos e redirecionar nossas ações pedagógicas para o segundo bimestre, visando a superação do fracasso de alguns e otimizar o progressos de outros. 

PAUTA DO ENCONTRO

1. ABERTURA- boas-vindas 
2. REFLEXÃO SOBRE AVALIAÇÃO- vídeo
3. PALAVRA DO PROF. JOSENIR CALIXTO
4. AVALIAÇÃO E AÇÕES PARA MELHORAR OS INDICES DO  SEAPE 2013
5. APRESENTAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR  DO 1º BIMESTRE
6. ENCONTRO HORIZONTAL POR TURNO



A coordenação

SALA DE RECURSOS, UM ESPAÇO DE INCLUSÃO




                                          Salas de Recursos Multifuncionais, é um programa do Ministério da Educação do Brasil que fornece alguns equipamentos de informática, mobiliários, materiais didáticos e pedagógicos, para a criação de salas destinadas a integrar alunos com nas escolas públicas regulares por meio da política de educação inclusiva.
                             São salas com materiais diferenciados e profissionais preparados especificamente para o atendimento às diversas necessidades educativas especiais dos educandos 

A escola regular deverá disponibilizar a contrapartida de salas e pessoal para que o programa seja realizado com sucesso.












ASSIM SÃO NOSSOS ALUNOS, TÃO SIMPLES, NATURAIS E NORMAIS QUANTO QUAISQUER ESTUDANTES DE NOSSA ESCOLA, APENAS EM SEU RITMO E PROGRESO INDIVIDUAL NA APRENDIZGEM

Oficina de Libras na escola, inclusão é direito cidadão


Por Luciana Lenira de Souza*


Lançando um olhar sobre a História dos Surdos, é possível constatar as várias formas de preconceito e discriminação presentes nas ações humanas em busca de fazer a pessoa surda falar oralmente, condição essencial para ser vista como ser humano “normal” e ter aceitação na sociedade majoritária. Esta filosofia do oralismo perpassou as Idades Antiga, Média, Moderna e porque não dizer a Idade contemporânea, nos dias atuais de forma “mascarada” e menos intensa, representando um desrespeito com relação às especificidades de comunicação da pessoa surda. Relatos apresentados por dois surdos, Éden Veloso e Valdecir Maia, em seu livro Aprenda Libras com Eficiência e Rapidez, evidenciam a insistência das pessoas surdas para se comunicarem usando os movimentos das mãos e de todo corpo para expressar seus pensamentos e sentimentos, frente às frequentes proibições/ opressões por parte dos filósofos, cientistas e educadores que acreditavam no treinamento e/ ou procedimentos direcionados ao desenvolvimento da oralização como forma de torná-la aceitável na sociedade.
Mesmo diante da forte interferência e persistência dos que defendiam a oralização ou entendiam a surdez como doença, com possibilidade de cura e reabilitação, bem como, do sentimento de que a pessoa surda era “ineducável” – resultado das tentativas frustrantes do método oral no seu processo de alfabetização-  no final da Idade Moderna o Abade L’Epee protagonizou os primeiros estudos sérios sobre a língua de sinais, iniciativa que originou uma série de movimentos na França e em outros países da Europa. Este movimento impulsionou o fortalecimento da língua de sinais e o enfraquecimento da filosofia do oralismo.

No Brasil, a língua de sinais começou a ser utilizada como mecanismo de instrução às pessoas surdas a partir do dia 26 de setembro de 1857, com a fundação da primeira escola para surdos, pelo professor Eduard Huet, surdo francês que difundiu o alfabeto manual e os métodos de ensino francês no Rio de Janeiro.
 Esta escola foi denominada de INES – Instituto de Educação de Surdos. Durante mais de cem anos a língua de sinais sofreu oscilações devido à persistência dos defensores do método oral. Com o reconhecimento da LIBRAS como meio legal de comunicação através da Lei Nº. 10.426 de 24 de Abril de 2002 bem como sua Regulamentação pelo Decreto Nº. 5.626 de 22 de Dezembro de 2005 ocorreu o fortalecimento da proposta educacional bilíngue para a pessoa surda. Esta proposta consiste no ensino da Libras como língua primeira para a pessoa surda e da Língua Portuguesa na modalidade escrita como segunda língua, no caso do Brasil. Mas não é suficiente apenas a comunidade surda aprender Libras. Esta língua não é patrimônio apenas das pessoas surdas e sim de todos (as) os (as) brasileiros (as). Pensar na Libras como exclusiva das pessoas surdas, sem querer tirar o mérito de ser sua primeira língua, repito, é criar um monopólio que em nada contribui para a inclusão social deste público.
Neste contexto, a escola, espaço singular ao desenvolvimento da aprendizagem de forma sistemática, frente ao movimento de inclusão, precisa priorizar o ensino da Libras a surdos e ouvintes como uma das condições para garantir o acesso, permanência e sucesso escolar dos mesmos. Como falar em respeito à Cultura Surda desconsiderando o ensino da sua língua natural, primeira? De que modo a pessoa surda irá desenvolver-se cognitivamente e socialmente se não lhe é permitido ou estimulado o seu meio de comunicação natural? São questões pertinentes ao entendimento da frustração de várias escolas de ensino regular brasileira com relação ao processo de inclusão da pessoa surda. Em sua maioria não conseguem operacionalizar as ações/adequações necessárias ou limitam-se a ações apenas no contexto de sala de aula. Há de se entender que o “trato” da escola com o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais precisa tomar uma proporção ampla numa ação conjunta entre Gestores, Coordenadores, Professores do Ensino Regular e Professores do AEE- Atendimento Educacional Especializado.
Nesta perspectiva, o MEC – Ministério da Educação através da Política Nacional de Educação Especial para a Inclusão da pessoa surda e dos demais alunos público alvo da educação especial, tem disponibilizado as Salas de Recursos Multifuncionais de forma gradativa, nas escolas brasileiras. Estas representam importante espaço para o desenvolvimento de habilidades dos alunos, neste caso, surdos, indispensáveis ao seu processo de ensino- aprendizagem. A LIBRAS como conteúdo do AEE, contempla o ensino “de” Libras e o ensino “em” Libras o primeiro destinado também às demais pessoas que compõem a escola ficando sobre a responsabilidade do professor do AEE difundi-la. Ainda representa um desafio para o professor do AEE cumprir com sua função de interagir com o professor da sala de aula regular e demais profissionais limitando-se na maioria das vezes ao atendimento individual.

 Aqueles que tentam ir além deste espaço encontram barreiras relacionadas à demanda a ser atendida e a sua carga horária disponível aos atendimentos, em alguns casos a mínima formação ou a falta desta provocando o receio de direcionar um trabalho também com o público ouvinte da instituição de ensino.
Esta forma fragmentada de ensino da Libras não “dar conta” de tornar o ambiente escolar bilíngue. É preciso pensar no ensino de Libras precoce seja para surdos ou para ouvintes, construindo uma cultura linguística bilíngue desde a pré-escola. 

Faz-se necessário uma Política que possa intervir no sentido de construir ambientes bilíngues, que contemple a Libras como disciplina curricular desde a Educação Infantil.
* Especialista em Educação Especial e Práticas Inclusivas pela FACOL – Faculdade Escritor Osman da Costa Lins; Pós-graduada em Coordenação Pedagógica pela UFPE – Universidade Federal de Pernambuco. E-mail: (souzalucianalenira@gmail.com).











quinta-feira, 22 de maio de 2014

Semana de Oficinas

Como atividade de prepraração para a Olimpiada Brasileira de Matemática - OBMEP no dia 27 de maio de 2014 e Olimpíada de Língua Portuguesa "Escrevendo o Futuro", os alunos da escola Edilson Façanha tiveram a oportunidade de participarem das primeiras oficinas nesta semana. Parabéns alunos e professores pela participação.







quinta-feira, 15 de maio de 2014

Documentário OBMEP Completo

Inglês: Interpretação de diálogos em texto dramático


Pessoal da Edilson, estamos nesta olimpiada de corpo, alma e produção. Não deixem de fazer sua parte. noso sucesso depende do empenho de todos.

Curtir ·  ·  · 122266

Comunicado à Comunidade Escolar


Prezados alunos e colegas,

                                                     Visitamos nesta semana todas as turmas de escola, num bate-papo promissor, visando apresentar aos alunos os quatros eixos, nos quais as aulas serão baseadas no segundo bimestre 2014: 1. os conteúdos do bimestre, 2. as oficinas das olimpíadas de Português: Escrevendo o Futuro, 3. o Projeto Copa do Mundo: projeto interdisciplinar da escola, 4. Olimpíada de Matemática: OBMEP e as atividades relacionadas à melhoria dos descritores com indices baixos na avaliação do SEAPE-2013. Agora é trabalhar para superação das dificuldades e sucesso de nossos alunos.

A Coordenação

Uma pequena reflexão sobre a avaliação na escola

Avaliar para crescer
Por Paola Gentile

No ambiente escolar, a avaliação só faz sentido quando serve para auxiliar o estudante a superar as dificuldades

Prezados colegas e alunos,

Uma reflexão sobre as avaliações do Primeiro Bimestre
Notas fechadas, boletins entregues, diários de classe arquivados. Missão cumprida? Não para Cristiane Ishihara, professora de Matemática das 5ªs séries no Colégio Assunção, em São Paulo. Como faz ao final de cada bimestre, ela vai pegar as anotações que fez em sala, os resultados dos exames e os questionários que a turma responde após as provas. Tudo com um objetivo: avaliar o próprio desempenho. "Dar provas, corrigi-las e entregá-las não é mais suficiente para mim. Preciso saber onde estou falhando para planejar o que e como ensinar", afirma. Cristiane está dando o primeiro e mais importante passo rumo a um sistema de avaliação escolar justo e motivador. Culpar a criança pelas notas baixas, o desinteresse ou a indisciplina nem passa pela cabeça dela. "Basta que alguns tenham ido mal nas provas para eu saber que preciso mudar de didática ou reforçar conteúdos".

Ao rever seu trabalho, Cristiane mostrou que está mesmo no caminho certo. "Não interessa o instrumento utilizado. Pode ser prova, chamada oral, trabalho em grupo ou relatório. O importante é ter vontade de mudar e usar os resultados para refletir sobre a prática", explica o consultor e educador Celso Vasconcelos. Para ele, de nada adianta selecionar novos conteúdos ou métodos diferentes de medir o aprendizado se não houver intencionalidade - palavra que ele define, em tom de brincadeira, como "a intenção que vira realidade". "Enquanto as crianças se perguntam o que fazer para recuperar a nota, os professores devem se questionar como recuperar a aprendizagem", aconselha.
Mas por que mudar se tudo está correndo bem? O professor ensina, a criança presta atenção e faz a prova. Se foi bem, aprendeu. Se foi mal, azar - é preciso seguir com o currículo. Esse sistema, cristalizado há séculos, deposita nos conteúdos uma importância maior do que eles realmente têm. Até os anos 60, 80% do que se ensinava eram fatos e conceitos. A prova tradicional avaliava bem o nível de memorização das crianças. Hoje, essa cota caiu para 30%. Além de fatos e conceitos, os estudantes devem conhecer procedimentos, desenvolver competências. E a mesma prova escrita continua a ser aplicada...
Se a missão da escola ao raiar do século XXI é desenvolver as potencialidades das crianças e transformá-las em cidadãos, a finalidade da avaliação tem de ser adaptada, certo? "Na minha opinião, seu principal papel deve ser ajudar a criança a superar suas necessidades a partir de mudanças efetivas nas atividades de ensino", define Vasconcelos. "O ideal é que ela contribua para que todo estudante assuma poder sobre si mesmo, tenha consciência do que já é capaz e em que deve melhorar", diz Charles Hadji, professor e diretor do Departamento de Ciências da Educação da Universidade de Grenoble, na Suíça (leia entrevista na segunda página).
É consenso entre os educadores que o aprendizado, na sala, não se dá de forma uniforme. Cada um de nós tem seu ritmo, suas facilidades e dificuldades. Afinal, somos pessoas distintas. O que complica bastante a vida do professor, que passa a ter de avaliar cada criança de um jeito. "Sim, todos merecem ser julgados em relação a si mesmos, não na comparação com os colegas", afirma o espanhol Antoni Zabala, especialista em Filosofia e Psicologia da Educação e professor da Universidade de Barcelona. "Não dá para fugir", continua ele. "É essencial atender à diversidade dos estudantes."
Ele dá um exemplo. "Que altura deve pular um jovem de 11 anos?" A resposta é: "Depende..." Depende de sua potência motora, de suas capacidades físicas e emocionais, das experiências anteriores e do treinamento, do interesse pela atividade e muito mais.
Por isso, alguns saltam 80 centímetros. Outros, 1 metro. Poucos, 1,20 metro. "Se estabelecemos uma altura fixa, excluímos os que não conseguirem chegar lá no dia em que a habilidade for medida". Da mesma forma, "quanto" deve saber uma criança? A resposta também é depende. De sua história, dos conhecimentos prévios, da relação com o saber e de incontáveis outros fatores. E não existe ninguém mais capacitado do que o professor para saber "quanto" essa criança domina (ou tem a obrigação de dominar) em termos de conteúdos, conceitos e competências.
O papel do desejo
Quando a escola não leva isso em conta, o estrago é inevitável. Estudos realizados pela pesquisadora Kátia Smole sobre o impacto da avaliação na auto-estima da criança mostram que os boletins baseados no desempenho em provas têm apenas uma função: classificar a garotada em "bons" ou "maus", o que tem cada vez menos utilidade. "O pressuposto de que existe uma inteligência padrão está ultrapassado", avalia. Segundo ela, o que acaba ocorrendo são desvios no objetivo maior da escola, que é ensinar. Ao sentenciar que uns são mais e outros, menos, o saber fica em segundo plano. "O jovem valoriza a nota, não o aprendizado", exemplifica. "Em vez de se relacionar com o mundo, ele só vai querer aprender em troca de prêmio (a nota) e, nesse ambiente, só sobrevive quem se adapta ao toma lá, dá cá."
Mas existe uma conseqüência mais nefasta: tirar da criança a vontade de aprender. Afinal, só existe motivação quando há desejo. A criança que não valoriza o saber não tem motivos para cobiçá-lo. "O antigo sistema forma pessoas submissas e intolerantes. Quem não consegue atender à expectativa do professor e da sociedade acaba marginalizado", analisa Kátia.
Antoni Zabala apresenta exemplos bem práticos - e recheados de comparações com fatos do dia-a-dia - para ajudar a desatar esse grande nó. "O professor deve ser um misto de nutricionista e cozinheiro", diz ele. "O primeiro preocupa-se em elaborar refeições saudáveis e o outro quer pratos apetitosos. No planejamento da atividade, devemos agir como nutricionistas, pensando nas competências que a criança deve desenvolver. Na classe, precisamos atuar como cozinheiros, propondo atividades interessantes e que possam ser executadas com prazer."
Na sua opinião, a avaliação completa envolve quatro etapas, tantas quantas uma dona-de-casa executa ao fazer compras. "Ela vê o que tem na despensa, lista o que falta, estabelece objetivos como preparar refeições balanceadas - e vai ao mercado", descreve. "Lá, ela começa uma série de observações, que podem mudar os rumos da tarefa original. Se um produto estiver muito caro, a saída será buscar outro ponto de venda. Se estiver estragado, terá de ser substituído por outro de semelhante valor nutritivo."
Traduzindo para a sala, o professor precisa de objetivos claros, saber o que as crianças já conhecem e preparar o que eles devem aprender - tudo em função de suas necessidades (avaliação inicial). O segundo passo é selecionar conteúdos e atividades adequadas àquela turma (avaliação reguladora). Periodicamente, ele deve parar e analisar o que já foi feito, para medir o desempenho dos estudantes (avaliação final). Ao final, todo o processo tem de ser repensado, de forma a mudar os pontos deficientes e aperfeiçoar o ensino e a aprendizagem (avaliação integradora). Clique aqui para conhecer um exemplo muito objetivo de como fazer isso, com estratégias específicas para vários conteúdos, tendo como ponto de partida o estudo da Bacia Amazônica.
A primeira pergunta que professores, coordenadores e diretores devem fazer é: Com que objetivo vamos avaliar? Para formar pessoas ou futuros universitários? Para classificar e excluir crianças ou para ajudá-las a aprender? Para humilhá-las com suas dificuldades ou incentivá-las com suas conquistas? É importante frisar que não existe resposta certa ou errada. Ela está no projeto pedagógico de cada escola. Se a opção é selecionar os melhores e excluir os outros, então a melhor saída é a boa e velha prova. Caso o compromisso seja no sentido de incentivar a criança a enfrentar desafios, então a conversa muda de rumo.
Infelizmente, não existe uma fórmula mágica. Ao contrário. "A escola ideal, que atenda à formação de cada um individualmente, não existirá nunca. Mas estabelecer que esse é o horizonte aumenta as chances de acertar o caminho", acredita Zabala. Celso Vasconcelos também entende que o sistema tradicional não atende aos objetivos da escola do terceiro milênio, mas acha que é possível democratizá-lo. "Se a nota for dinâmica e servir como indicadora da situação da criança naquele momento, ela pode apontar rumos a seguir".
"Dar provas, corrigi-las e entregá-las não é mais suficiente para mim. Preciso saber onde estou falhando para planejar o que e como ensinar"


Por Paola Gentile