Copa do Mundo e eleições:
5 grandes expectativas para o Brasil em 2014
O ano de 2014 vai colocar o Brasil em evidência no cenário
internacional. Além de celebrar uma nova Copa do Mundo de futebol depois
de 64 anos, o país vai passar por eleições majoritárias. Mais de 140
milhões de brasileiros, de acordo com
o Tribunal Superior Eleitoral, irão eleger um novo presidente, o seu
vice, os governadores e vices de cada estado, além de deputados federais
e senadores, também divididos por estados.
Em meio ao
cenário pós manifestações de junho, o Congresso Nacional tem nas mãos a
responsabilidade de aprovar um novo Marco Civil da Internet, que pode
resultar tanto em mais privacidade e liberdade de expressão, quanto em mais poder para os provedores.
Aliado a isso, o governo brasileiro tem o desafio de recuperar a confiança internacional na economia, e mostrar que o país está de fato caminhando para se consolidar como uma grande potência.
1. Eleições majoritárias
Até o primeiro semestre de 2013, a corrida eleitoral para a Presidência da República parecia que seria um mero trâmite petista. Porém, os protestos que tomaram o Brasil na metade do ano sacudiram o cenário eleitoral. A presidente Dilma Rousseff recuperou sua popularidade, mas importantes aliados ainda não, como o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
A oposição também apresentará novidades. O PSDB, principal partido de oposição, vai lançar o senador mineiro Aécio Neves como candidato pela primeira vez. Em meio a isso, a chamada terceira via, representada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ganhou força com a adesão de Marina Silva. Nas últimas eleições, Marina foi apontada como a grande responsável por provocar um segundo turno ao amealhar cerca de 20% dos votos.
Aliado a isso, o governo brasileiro tem o desafio de recuperar a confiança internacional na economia, e mostrar que o país está de fato caminhando para se consolidar como uma grande potência.
1. Eleições majoritárias
Até o primeiro semestre de 2013, a corrida eleitoral para a Presidência da República parecia que seria um mero trâmite petista. Porém, os protestos que tomaram o Brasil na metade do ano sacudiram o cenário eleitoral. A presidente Dilma Rousseff recuperou sua popularidade, mas importantes aliados ainda não, como o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
A oposição também apresentará novidades. O PSDB, principal partido de oposição, vai lançar o senador mineiro Aécio Neves como candidato pela primeira vez. Em meio a isso, a chamada terceira via, representada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ganhou força com a adesão de Marina Silva. Nas últimas eleições, Marina foi apontada como a grande responsável por provocar um segundo turno ao amealhar cerca de 20% dos votos.
2. Copa do Mundo no país dos protestos
O
Brasil vai sediar a Copa do Mundo pela primeira vez depois de 64 anos,
mas o país entra no calendário de 2014 com obras atrasadas e
inaugurações adiadas. Para recuperar a confiança da Fifa depois das
mortes nas construções das arenas, o governo tem a difícil missão de
fazer um torneio num país continental sem grandes incidentes.
A tarefa assume contornos ainda mais dramáticos, já que a população
pressiona para que os gastos bilionários com o evento deixem um legado
palpável além de estádios novos e reformados. Os jogos têm o
potencial para atrair protestos massivos, assim como aconteceu na Copa
das Confederações, quando mais de 100 mil pessoas marcharam em direção
aos estádios.
No meio de tudo isso, o desempenho da seleção brasileira promete. Apesar de confrontar as favoritas Argentina, Alemanha e Espanha, o Brasil fez bonito ganhando a Copa das Confederações. Mas diante do cenário turbulento, a conquista do mundial pode acabar em segundo plano.
No meio de tudo isso, o desempenho da seleção brasileira promete. Apesar de confrontar as favoritas Argentina, Alemanha e Espanha, o Brasil fez bonito ganhando a Copa das Confederações. Mas diante do cenário turbulento, a conquista do mundial pode acabar em segundo plano.
3. Marco Civil da Internet
Empurrado com a barriga pelo Congresso Nacional, o ano de 2014 deve ter mais discussões em torno do Marco Civil da Internet, espécie de Constituição para a web brasileira. Lobby das operadoras de telefonia, empresas de tecnologia e ativistas empurram a temas importantes como a neutralidade da rede de um lado para o outro.
Em 2013, o assunto ganhou os holofotes em razão da revelação de que os EUA espionaram o Brasil. Os parlamentares arregaçaram as mangas, mas não cumpriram a promessa de consolidar a nova lei. Essa atenção já está amainada, o que deve tirar velocidade do processo legislativo.
4. A batata quente da economia
A presidente Dilma vai comparecer ao Fórum Econômico Mundial em janeiro, para falar aos investidores internacionais reunidos em Davos, na Suiça. O encontro é um termômetro para os rumos do capitalismo mundial. A mandatária deve reforçar os fundamentos da economia brasileira, como responsabilidade fiscal, para tentar retomar a confiança do mercado global. As manobras da chamada "contabilidade criativa" e solavancos em importantes indicadores econômicos brasileiros, como o Produto Interno Bruto (PIB) baixo, tiraram o entusiasmo dos estrangeiros no Brasil.
O PIB brasileiro não cresceu como o esperado pelo governo em 2013,
com as últimas projeções do ano ficando em 2,3%, abaixo dos 2,5%
estimados inicialmente. Para 2014, a previsão dos economistas é de 2%.
Em relação ao superávit primário, há um outro desafio. O próprio
ministro da Fazenda, Guido Mantega, já admitiu que não será possível alcançar a meta
de 2,1% do PIB para 2014. Apesar disso, ele espera que o resultado seja
suficiente para manter em queda a relação entre dívida líquida e PIB.
A inflação é outra preocupação constante do Governo Federal. As últimas projeções de 2013 colocam o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 5,73%, bem acima do centro da meta estimada pela União, em 4,5%. Para 2014, o mercado projeta índices ainda mais elevados, de 5,98%.
A inflação é outra preocupação constante do Governo Federal. As últimas projeções de 2013 colocam o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 5,73%, bem acima do centro da meta estimada pela União, em 4,5%. Para 2014, o mercado projeta índices ainda mais elevados, de 5,98%.
5. Os cinco pactos de Dilma
Em junho de 2013, no auge das manifestações nas ruas brasileiras, a presidente Dilma Rousseff amenizou os ânimos com uma proposta de peso, feita em cadeia nacional de televisão. Os cinco pactos, como ela mesmo chamou, prometem dar um passo em direção a vária mudanças exigidas pelos manifestantes, na área de Educação, Impostos, Política, Saúde e Transportes.
Uma das principais propostas, a de realização de um plebiscito para a formação de uma Assembleia Constituinte, que por sua vez conduziria uma ampla reforma política, bateu de frente no muro de vários opositores. Juristas, políticos e especialistas argumentaram que não é necessária a formação de uma nova constituinte, com poderes ilimitados, para a realização de uma reforma no Congresso. A ideia do plebiscito como cerne da realização da reforma permaneceu, mas nem sinal da realização dele até então.
Já no pacto de responsabilidade fiscal e estabilidade da economia, o governo segue tentando fazer a sua parte, mas sem muito sucesso, já que a confiança dos investidores internacionais no país começa a sofrer abalos.
A presidente Dilma também pediu a prefeitos e governadores que acelerassem os investimentos em hospitais, unidades de pronto-atendimento. A contratação de médicos estrangeiros já é um passo em direção às melhorias no sistema de saúde, mas o governo tem ainda o desafio de enfrentar a ira dos médicos brasileiros e levar medicina de qualidade a cidades afastadas dos grandes centros urbanos.
No setor de transportes, principal alvo da insatisfação popular, Dilma prometeu o aporte de R$ 50 bilhões em projetos de mobilidade urbana. O dinheiro foi de fato destinado, como atestou a presidente. Mas verba "destinada" é diferente de verba gasta e obra concluída. O governo ainda tem o desafio de atender a pelo menos cinco prefeituras, que já solicitaram o repasse de verbas para ajudar no setor.
E por fim, na área de Educação, pelo menos parte do plano foi cumprido. A presidente prometeu a destinação integral dos royalties do pré-sal para financiar melhorias no setor. Os parlamentares aprovaram 75%. Já o Plano Nacional de Educação, que prevê 10% do PIB para Educação em 2020 e deveria estar valendo desde 2011, está empacado no Congresso.
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